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# Carrasca Consciência.

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“- Hoje procurei um motivo racional para gostar de você”,
e só encontrei a resposta para uma ‘não-pergunta’ do conformismo que tanto me incomoda:

“- É oque tem pra hoje?!”

Tem pra hoje explodir de felicidade ao ouvir uma meia-verdade.
Tem pra hojete dar a chance de você se dar a chance, para me dar uma chance.

Tem pra hoje dizer que te amo no hoje e te amarei amanhã, quando amanhã for hoje.
Tem pra hoje me reinventar todo dia que for hoje, me re-apresentar e
ser a paquera da ponta da mesa.
Tem pra hoje sempre te deixar me devendo “aquela” dança, que nunca será paga, para ela sempre exista.

Tem pra hoje deixar você me jogar aos seus pés,
você certo que não será dessa vez,
voltarei até as dez, não consigo ir embora de vez.
Tem pra hoje o melhor de mim, simplicidade e tranquilidade, e a certeza que por nós dois mataria até minha maldade.
Tem pra hoje Te desejar bom-dia como à quem recebe uma visita.
Tem pra hoje
cumplicidade e ser tua Anita*
Tem pra hoje falar contigo na lingua dos olhos

Tem pra hoje deixar você ir, e ter saudade de roçar na tua barba,
deixar você me enganar, e quando a esbornia da noite saciar
Tem pra hoje, a certeza deste colo pra deitar.
Tem pra hoje oque tanto custa me matar, tenho uma cirrose em evolução
desta bebida que tanto me embreaguei, em tuas doses de paixão.

Sosinha,

Na mesa da vida, suplicando pelo bom garçon.
Tem pra hoje tudo que você quiser para amanhã,
mas se hoje não é suficiente;

“- Hoje procurei um motivo racional para gostar de você“, eis que não encontrei nenhum.

Hoje, eu consegui entender:
“- Não temos nada para hoje.”

Licença P●ética
(“- Exepcionalmente, sem pessoalidade fotográfica.”)

# Em pratos limpos.

2 comentários

E eu que queria tanto enrolar dreads em cabelos pintados, despenteados, sem corte, daquele jeitinho que só agente sabia.
Hoje tenho dreads só meus, não como todos os outros
estes são embaralhados em muito pouco, mas lembrados dos olhos teus.

Por cansar de tanto te procurar, com um “q” de te talvez te encontrar, encontrar e ter graça de nunca achar.

vira e meche te perder.
Ser, e de novo esquecer.

Queria tanto enrolar-me aos teus, mais agora tenho dreads só meus.
que se um dia passar, e quem sabe eu não os tenha mais… Pintar o cabelo e despenteá-lo propositalmente, nunca mais seria  como antigamente.

Nós iriamos nos achar, e nunca mais teria graça.
E eu perderia o nosso jeitinho de rir e a alegria de te olhar.
Por isso ainda carrego essa raiz, pra não me arrepender e nunca esquecer de lembrar.
lembrar, lembrar sempre… lembrar inclusive o motivo de nunca mais voltar.

Licença P●ética