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# Dias de carne, vão.

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Nessas datas festivas, massivas é que tenho mais certeza de  que não há melhor companhia do que a própria. (Claro, se você não tiver duas cachorras pulguentas  trespassando suas pernas a cada passo dado.)Nada como re-lembrar um pouco das coisas que você gostava de fazer consigo mesmo, pensando nisso, em primeiro lugar desenvolvi uma tese de que quase ninguém se suporta de fato, não cabendo desenvolve-la agora.

Haviam 2,20 na mesa quando acordei em carnaval e a vaga lembrança do dizer:

“- Ei, estou indo pra Recife! Bora?”

E eu demasiadamente ressacada para responder, eis que permito acreditar numa lembrança.


Sobram duas alternativas plausíveis:1 Pagar uma absurda passagem tarifária para algum lugar que garantisse ao menos a volta, ver pessoas, beber algo, nada mais carnavalesco.2 Usar deste, como uma especie de “retiro” interno e passar algum tempo com a pessoa que menos tenho tido oportunidade de ver, eu mesma.A maioria, para não dizer que não tem dinheiro para “curtir”, procuraria alguém que compartilhe da opinião do “quanto o carnaval é detestávelmente capitalista.”De detestável desdem, já me basto.
Decidi me comprar.Após alguns dias na sua ‘auto-companhia’, uma cadeia de perguntas caem sobre sua cabeça, saltam os olhos, quicam nas paredes brancas, re-quicam nos cantos e voltam pra você, Como bolas de ping-pong, cansado de tanto quicar de cantos, você começa se responder coisas como:- A quanto tempo eu não desenhava?
Lembrei que meu ultimo desenho foi atrás de um adesivo, algo sobre reforma políticae juventude, durante um congresso estadual partidário.

É, faz uma cara.
– Vixe! por que eu deixei de ouvir essa música? eu gostava tanto?!
Lembrei de um show em certo evento cultural e o quanto eu pulei ao som dessa banda.

Que dia é hoje?
Oxe, é dia de carnaval, penso: -tanto faz!

Que horas são?
Decidi que toda hora era hora, e ficar o maior tempo  possível sem dormir, em minha companhia.
Sem amigos, sem comida, sem sutiã, sem grandes planos, sem créditos celuláricos.

Apenas as coisinhas efêmeras que um dia me foram mais do que concretas.
Ouvindo música, lendo livros que eu já tinha lido, desenhando, rindo sosinha de algumas lembranças, chorando de outras.

Saudade saudável.

– Lembrei de antigos amores e de quanto tempo faz que estou solteira.Desenvolvi algumas teses sobre, nada mais natural para românticos incorrigíveis.
– Lembrei de amigos antigos, coisas que fizemos e de como gostaria de velos re-velos, nem sei se caberia, dado a conjuntura atual, quem ficou e quem passou.
Lavei os dreads e passei a tarde ajeitando-os, um por um:
– Lembrei de como era meu cabelo antes disso tudo, das cores e cortes ao longo do tempo, dos piercings e das marcas que carrego até hoje no corpo.

E de como eu achava que seria a vida até aqui, mudei, re-mudei, re-formei e quando não sobra nada, muda-se denovo.

Dos planos do ano passado e de antes do ano passado, dos fracassos e de quanta coisa passei até aqui.

E finalmente lembrei do carnaval de 2o11, com Joãozinho, Grace e a Pilipheia.

Ôôôôh… aurora,nada seguiu como o planejado.

Choveu tanto neste carnaval que até cheguei a sentir pena dos foleões.

– Quando foi meu ultimo banho de chuva?

Ah lembrei! ahm… lembrei que foi indiscutivelmente infortunante;
tentanto não escorregar na ladeira do Mercado Central de Porto Alegre, ao mesmo tempo tentando correr para uma atividade política, ensopada e atrasada.
E percebi que diante de tanta mudança tudo tem sido meio que dessa maneira nesses ultimos meses.

Prefiro me confortar acreditando que toda escolha é uma renúncia.

Voltando aos 2,20;

Descobri que com 2,2o se compra comida para ‘uma vida toda’, oque re-força e muito a tese de absurdos 2,20 por uma

passagem tarifária.
Descobri principalmente o quanto adoçante é detestável.

Descobri que não se consegue fazer pipoca sem olho, DE MANEIRA ALGUMA!
E que não se consegue ascender um cigarro de fumo no microondas, muito menos com uma chapinha.

E que o tempo que se perde tentando esse tipo de idiotice, daria para ir no mínimo 10 vezes no mercadinho/vizinho e ter pedido fogo (ou óleo).
Descobri que café re-quentado com adoçante é pior do que apenas café re-quentado.
E que nunca saberei a quantidade certa de gotas a serem postas para adoçar.

Que pitada quer dizer: – Mais que um tento e menos que um pouco, caso contrário o cuzcuz ficará indiscutivelmente incomível.
Que bolacha maizena batida com leite e uma pedra de rapadura é uma delícia.

Avé Vó Maria!

Descobri que carnaval no Brasil é unipresente, mesmo abstendo-se do processo.
Sobre o carnaval, descobri ainda que a música SEMPRE vai conseguir me surpreender, para pior, principalmente.
E depois de “pi-pi-po-rom”/”pom-pom-pirí”, algo me diz que”Enfica” e “Ai, delícia” não são nem a metade do que o futuro nos reserva.

– À posteridade, segurem os ouvidos!

E o mais importante de tudo:
Descobri que dá pra passar comigo mesma, e me dou o direito de sentir saudade dos que foram pra recife afinal de contas, ja passei tempo de mais aqui sosinha.

Viva o carnaval!
Carnava, Carnival – festa da carne,
fico na soja por hoje, obrigada.

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# “Por que não me filiar ao PT.”

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Ao primeiro dos estudos.

– Texto reproduzido dia 14 de Outubro de 2011 às 20:06

  Finalmente, toda pergunta tem sua resposta:

“Por que não me filiar ao PT.”

Por que escolher seu partido, não é apenas “tomar partido.”
Por que ser Petista não é bonito.
Ser Petista é luta e compromisso.
Não me filio ao PT por que dizem que a juventude é inconsequente, impulsiva e sempre tem pressa.

De fato,
inconsequentemente apaixonados pelo país, impulsivamente, nós temos pressa, temos pressa de mudança!

“Por que cantamos quando gritar só não basta,
E  não nos basta o pranto nem a raiva.”

Não me filio ao PT por que dizem que a juventude é influenciável, e tenho hoje, grandes amigos Petistas, militantes da vida, que podem influenciar a minha decisão. Estes me tendenciam de fato, mas por que “sabem que podem MAIS, e sabem que eu posso MAIS”.
Não me filio ao PT por que este é um partido democrático, e vai saber respeitar meu tempo, minha escolha.

“- Deste ano não passa!” – Aos de Pernambuco.

Não me filio ao PT por que eles sabem que filiar é a seca folha preenchida, a seca burocracia, de números incontestáveis, de nomes desconhecidos, quando o importante é se sentir Petista.
Onde os convites não são feitos: “-vamos nos filiar?” e sim “-vamos construir?”
Vamos, vamos construir um Brasil tão grande como o PT.

– Já me sinto Petista, na cor e na voz.
Mas se assim for a juventude do PT; Imaturos, ansiosos e influenciáveis aos seus olhos.
Peço por favor que me apresentem esta tendência, por que esta eu não conheço, e me servirá

de ótimo motivo para então finalmente, não me filiar ao PT.
Eis que não me filiei ao PT, ainda.

“- Saudações a tendência da Juventude do MAIS , que está me formando.”

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